quinta-feira, dezembro 29, 2005

Bom Ano!

Votos de sabedoria e de bom senso para 2006.
Boas entradas e divirtam-se muito!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Julián Marías

«Muere el filósofo Julián Marías.
Madrid, 15 dic (EFE).- El filosofo y escritor Julián Marías murió esta mañana en Madrid en su domicilio familiar, a los 91 años, tras una larga enfermedad, informaron a Efe fuentes familiares. Los restos mortales de Marías serán trasladados al tanatorio de la Paz, en lacarretera de Colmenar, y serán enterrados mañana, viernes, en el cementeriomadrileño de la Almudena, aunque la hora está por precisar. Alumno y continuador de la obra filosófica de José Ortega y Gasset y XavierZubiri, Marías era miembro de la Real Academia de la Lengua desde 1964 y fuesenador por designación real de 1977 a 1979. Nacido en Valladolid, en 1914, el pensador es autor de numerosas obras, entrelas que destacan "Historia de la Filosofía", "Idea de la metafísica", "Laescuela de Madrid", "Antropología filosófica" y "España inteligible".»

sexta-feira, dezembro 09, 2005

segunda-feira, dezembro 05, 2005

O solitário

"O solitário leva uma sociedade inteira dentro de si: o solitário é multidão. E daqui deriva a sua sociedade. Ninguém tem uma personalidade tão acusada como aquele que junta em si mais generalidade, aquele que leva no seu interior mais dos outros. O génio, foi dito e convém repeti-lo frequentemente, é uma multidão. É a multidão individualizada, e é um povo feito pessoa. Aquele que tem mais de próprio é, no fundo, aquele que tem mais de todos, é aquele em quem melhor se une e concentra o que é dos outros.

(...) O que de melhor ocorre aos homens é o que lhes ocorre quando estão sozinhos, aquilo que não se atrevem a confessar, não já ao próximo mas nem sequer, muitas vezes, a si mesmos, aquilo de que fogem, aquilo que encerram em si quando estão em puro pensamento e antes de que possa florescer em palavras. E o solitário costuma atrever-se a expressá-lo, a deixar que isso floresça, e assim acaba por dizer o que todos pensam quando estão sozinhos, sem que ninguém se atreva a publicá-lo. O solitário pensa tudo em voz alta, e surpreende os outros dizendo-lhes o que eles pensam em voz baixa, enquanto querem enganar-se uns aos outros, pretendendo acreditar que pensam outra coisa, e sem conseguir que alguém acredite."

Miguel de Unamuno, in 'Solidão'