terça-feira, outubro 18, 2005

Falácias Indutivas

Generalização precipitada:
A amostra resultante por esta generalização è demasiado limitada e usada com o intuito de se obter conclusões tendenciosas.
ex1: A pessoa x de cor negra foi apanhada a roubar
ex2: Um ucraniano foi apanhado embriagado a conduzir e tentou sobornar um GNR, portanto todos todos os ucranianos além de bêbados tentam subornar GNR's.
ex3: O Gil e o Jaime que são bons alunos tiveram negativa a lógica por isso todos os outros também terão.

Amostra limitada:
Limita-se a amostra face à população fazendo crer que ela é representativa.
ex: A fruta do cimo desta caixa está em boas condições por isso todas as outras frutas também devem estar.

Falsa analogia:
Resulta do abuso de semelhanças existentes entre 2 ou mais objectos, extrapolando-as a todas as suas propriedades, de modo a que as próprias semelhanças percam a sua eficácia resultante da substimação das diferenças.
ex: Os empregados são como os pregos; temos que martelar na cabeça dos pregos para que estes desempenhem a sua função, logo, temos que martelar na cabeça dos empregados!

Indução preguiçosa:
A conclusão apropriada dum argumento indutivo é negada, apesar dos factos.
ex1: A pessoa X foi enganada "n" vezes pelo seu namorado, mas apesar disso recusa-se a admitir que aquele lhe é infiel.
ex2: A pessoa X teve 10 acidentes nos últimos meses. Todavia, rejeita que tenha qualquer culpa e atribui a culpa aos outros.

Omissão de provas ou exclusão:
Excluem-se dados importantes que se conhecidos destruiriam o argumento indutivo, baseiam-se em probabilidades e não em certezas.
ex: A equipa X ganhou 9 dos 10 jogos realizados portanto é provável que ganhem o próximo jogo.

3 comentários:

Vítor Leal Barros disse...

gostei destas análises... ahh! e o blogue está mais bonito

Anónimo disse...

W. H. Newton-Smith (Lógica. Um Curso Introdutório, Gradiva, 1998) explica aos iniciados o raciocínio lógico: desde a linguagem e cálculo proposicional è linguagem predicativa, etc. Tem muitos exercícios e alguns capítulos são mesmo muito complicados (vou no segundo há já algum tempo). Mas dá para aprender qualquer coisa.


Para uma versão mais "soft", em linguagem acessível, vejam Paulo Morgado (Cem Argumentos - A Lógica, a Retórica e o Direito ao Serviço da Argumentação, 2ª ed., Vida Económica, 2004).

RD disse...

Vejo que estás bem acompanhado.
Vou "amandar" com um novo post com algumas explicações históricas para as pessoas se situarem convenientemente.

Faço-me acompanhar na minha mesita de cabeceira por "Direito e Moral" de Habermas, Jûrgen; Editado pelo Instituto Piaget. É uma dissertação resumida da sua tese. Vale bem a pena.