segunda-feira, janeiro 10, 2005

Política

Ando tão chateada com esta nossa política em Portugal. Ou seja lá o que isso for. Política já não é certamente, deveríamos trabalhar o sentido á coisa, redefinir o termo/conceito para o que é, porque continuar a chamar-se política ao que se faz é uma ofensa a quem o fez realmente. Isto aplica-se a qualquer partido, nem há necessidade de definir algum.
Suponho que o problema esteja na qualidade da formação dos políticos, sei qual é o processo natural a percorrer, e chega sempre o momento do aliciamento em que se fazem escolhas, em que se escolhe alguém adequado ao perfil para se poder manipular dentro dos partidos. É aí que as pessoas acham que vão dar o salto para a glória e abdicam dos ideais que tem.
Frente a um futuro promissor, raros são aqueles que hesitam e continuam a dormir bem. Os que continuam em frente a pensar que não se estão a trair, a maior parte das vezes sofreram a lavagem do pragmatismo da utilidade, da cegueira de Saramago.
Também é verdade que ainda os há sãos e de boa vontade, pena que esses não tem a retórica sofista aliada ao verdadeiro saber, e perdem estrelato sendo enviados para um trabalho de background pouco ou nada reconhecido. Não interessa, ao menos fazem bem o que se propuseram fazer.
Seja como for, dever-se-ia ensinar política nos secundários, é uma disciplina com tanta, ou mais importância que outras, bem como a filosofia, que ensina a ser-se crítico e no entanto nada! Não se entendem as prioridades no nosso país.
Esta não é só mais uma humilde opinião sobre educação, é mais do que isso, é o "por favor abram os olhos!" e entendam que sem educação não vale a pena discutirmos outros assuntos. Sejam quais forem. Não interessa nada falar-se sobre o que quer que seja, porque não haverão soluções possíveis quando não se podem pô-las em prática! Não já vimos todos que as práticas falham? Está em boa hora de se parar de varrer para baixo do tapete... é que quando alguém ainda não sabe, pode fazer sentido, mas já quando todos deram por isso...! Estamos já apenas a enganar-nos a nós próprios. Que absurdo. E ninguém faz nada, talvez porque não haja nem competência para entender isso.


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