Do latim cognitio, de cognoscere, «conhecer».
A expressão está no plural porque se refere a saberes recentes, diversos e, ainda agora, mais ou menos fechados. Se agruparmos, apesar de tudo, esses saberes sob uma certa denominação, é porque têm um objecto comum: a cognição, ou seja, a função psíquica que assegura a recolha, o armazenamento, a transformação e o tratamento das informações que recebemos do mundo exterior, e a partir das quais elaboramos o conhecimento do real. Perceber, raciocinar, aprender, lembrar, falar… são actividades que suscitam interrogações e análises desde a Antiguidade.
Durante muito tempo objectos privilegiados da reflexão filosófica, estas actividades deram origem progressivamente a saberes especializados na investigação de uma ou outra de entre elas, ou de uma ou outra das faculdades humanas das quais depende a sua possibilidade: as neurociências (neurologia, neurofisiologia…), a psicologia, a linguística, às quais se acrescenta hoje a informática, que fornece ao estudo dos mecanismos do pensamento o modelo da «inteligência artificial». O projecto de unificação que leva a qualificar de ciências cognitivas o conjunto dos discursos que tentam descobrir as características e condições de possibilidade da faculdade de conhecer, só se baseia no postulado até certo ponto. Novas ligações poderiam ser evidenciadas entre os diferentes suportes e características dessa faculdade, principalmente no que diz respeito à parte de mistério – que continua a cercar a passagem do cerebral ao mental – que poderia ser reduzida. Como é que o cérebro pode produzir pensamento e conhecimento? Eis, no fundo, a questão para a qual as ciências cognitivas ambicionam encontrar um dia uma resposta única. É a amplitude desta ambição que motiva o procedimento unificador de alguns, ao passo que outros duvidam que o conhecimento do cérebro possa alguma vez reunir-se ao das actividades mentais tais como as entendem a filosofia e as ciências humanas.
A expressão está no plural porque se refere a saberes recentes, diversos e, ainda agora, mais ou menos fechados. Se agruparmos, apesar de tudo, esses saberes sob uma certa denominação, é porque têm um objecto comum: a cognição, ou seja, a função psíquica que assegura a recolha, o armazenamento, a transformação e o tratamento das informações que recebemos do mundo exterior, e a partir das quais elaboramos o conhecimento do real. Perceber, raciocinar, aprender, lembrar, falar… são actividades que suscitam interrogações e análises desde a Antiguidade.
Durante muito tempo objectos privilegiados da reflexão filosófica, estas actividades deram origem progressivamente a saberes especializados na investigação de uma ou outra de entre elas, ou de uma ou outra das faculdades humanas das quais depende a sua possibilidade: as neurociências (neurologia, neurofisiologia…), a psicologia, a linguística, às quais se acrescenta hoje a informática, que fornece ao estudo dos mecanismos do pensamento o modelo da «inteligência artificial». O projecto de unificação que leva a qualificar de ciências cognitivas o conjunto dos discursos que tentam descobrir as características e condições de possibilidade da faculdade de conhecer, só se baseia no postulado até certo ponto. Novas ligações poderiam ser evidenciadas entre os diferentes suportes e características dessa faculdade, principalmente no que diz respeito à parte de mistério – que continua a cercar a passagem do cerebral ao mental – que poderia ser reduzida. Como é que o cérebro pode produzir pensamento e conhecimento? Eis, no fundo, a questão para a qual as ciências cognitivas ambicionam encontrar um dia uma resposta única. É a amplitude desta ambição que motiva o procedimento unificador de alguns, ao passo que outros duvidam que o conhecimento do cérebro possa alguma vez reunir-se ao das actividades mentais tais como as entendem a filosofia e as ciências humanas.